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Psicóloga Alessandra Chrisostomo

Mestre em Psicologia Clínica, Terapeuta Familiar Sistêmica e Terapia Comunitária • CRP 06/84089

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Relacionamento de Pais e Filhos na Era Digital

Posted on 25 de setembro de 201627 de abril de 2023 by psicologaale

Atualmente muito tem se debatido sobre internet, era digital, comunicação virtual, e sobre as consequências de todas estas mudanças nas relações entre pais e filhos. A família tem sofrido alterações sim, tanto em sua configuração, quanto no aspecto hierárquico, comunicacional e informativo.

Então, vamos explicar um pouco melhor sobre tudo isto.

Há algumas décadas atrás, existia uma proximidade maior entre pais e filhos, os filhos pediam conselhos para seus pais, pois estes representavam uma referência à seus filhos, e a maioria das informações que contribuiriam para elaboração de seu mundo e para seu desenvolvimento psicossocial, tais como: crenças, valores, e tradições, pois os pais eram exemplos a serem seguidos, e todo este universo de ensinamentos provinha desta relação, e este contato oferecia aos filhos maior segurança, estabilidade e amparo; isto não significa que não existiam problemas e conflitos entre gerações, e que tudo era perfeito , pois em muitas vezes talvez houvesse uma extrema rigidez, e uma delimitação de regras autoritárias e até pouco diálogo. E tudo isto certamente, necessitava de alguns ajustes.

Porém as famílias, de nossos pais e avós, se reuniam nas refeições, promoviam encontros, cultuavam rituais como: aniversários, casamentos, batizados, enfim estavam juntas em diversos momentos. As regras existiam e bem definidas, e faziam parte dos ensinamentos: disciplina, hierarquia e respeito, e que eram levados para outros contextos como: escola, grupo de amigos, sociedade em geral…

Com a influência da globalização, com a vinda da grande tecnologia, do mundo competitivo, mercado de trabalho e aumento exacerbado do consumo, gerando um consumismo alienante e fugaz, e com o surgimento contínuo de estímulos, a vida foi ficando cada vez mais complexa, e assim as famílias de hoje, possuem valores diferentes das gerações passadas e vem estabelecendo novas formas de relacionamento.

Os pais por sua vez, preocupados, buscam incessantemente melhores oportunidades para seus filhos, e muitas vezes não se dão conta, que o que mais eles precisam é de sua presença, seu conforto, sua segurança, seu acolhimento e de seu amor.

A fragilidade do relacionamento familiar e de outras formas de relacionamento reproduz a fragilidade dos laços humanos em um mundo cada vez mais dinâmico, fluído e veloz, seja real ou virtual. Vivemos em uma sociedade cuja marca principal é a ausência de comprometimento, pois a “amizade de verdade” e o amor necessitam de dois itens, muitas vezes faltantes neste mundo onde tudo é pra agora: tempo e doação.

Hoje os filhos recebem um turbilhão de informações vindas das redes sociais e da internet, e seus problemas acabam não sendo mais discutidos com seus pais, e sim, “resolvidos” sem a ajuda deles. Muitas crianças e jovens passam horas em frente a um computador, e quase nunca ou mesmo nunca, em frente a seus pais, em uma conversa amiga, amorosa e reconfortante; devemos ter bastante claro que esse uso excessivo poderá trazer ônus em suas relações reais atuais e futuras, bem como poderá até comprometer seu desenvolvimento bio e psíquico.

Torna-se relevante ressaltar que, não podemos responsabilizar a tecnologia pelos prejuízos nas relações, porque se utilizada com funcionalidade, critério e equilíbrio pode ser considerada uma grande aliada, pois gera conhecimento, facilita nossa vida, e ganha-se tempo através dela.

Mas a pergunta é: ganhar tempo pra quê? Para ficarmos juntos e usufruirmos da deliciosa companhia de quem amamos?

Esta seria uma boa resposta, porém nem sempre esta é a resposta.

Mas um conforto diante de tudo isto… é que possuímos a condição para mudar este cenário. Como????

Utilizando toda esta tecnologia: tablets, smartphones, notebooks, como eles realmente são: recursos e instrumentos a serem usados, para otimizar nosso tempo e nosso dia a dia.

E sobretudo, resgatando nossos vínculos e olhando de verdade para quem amamos, sem intermediações. Pois toda esta tecnologia NUNCA poderá substituir o “face to face”, o toque, porque são nossas relações que nos vinculam, elas são nossas raízes, que nos farão mais seguros, estáveis e fortes, pois são elas que nos humanizam, nos aproximam verdadeiramente da nossa essência, pois é através do outro, que eu reconheço ainda mais a minha humanidade e consequentemente, poderá nos tornar plenos e mais felizes.

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